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Transformação Digital

Transformação Digital

O que é, como aplicar e os seus maiores desafios!

fev 06 , 2020

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Gestão

Transformação Digital: O que é, como aplicar e os seus maiores desafios!

Por Roque Sales, CX & UX Manager da Zappts

A Transformação Digital é um conceito que surgiu no início dos anos 2000, com a popularização da Internet, dos computadores pessoais e do conceito de globalização dos anos 90.

Desde então, a presença da tecnologia no cotidiano das instituições mais diversas tem sido cada vez maior e mais dinâmica. Das casas de família às empresas multinacionais, essa ferramenta já faz parte das nossas vidas.

Mas o que isso significa para os processos manuais de trabalho? Realizar pagamentos com um cartão de plástico, ir a uma farmácia física para comprar remédios ou pedir empréstimos pessoalmente no seu banco? Tudo isso é passado.

Como esse processo generalizado de transformação digital tem afetado as organizações e como fazê-lo de forma eficiente na sua empresa?

O que é Transformação Digital?

A Transformação Digital surgiu da demanda de empresas em resolverem problemas de forma mais rápida, eficaz e, de preferência, automatizada.

Para aplicá-la, é necessário o uso de tecnologias que se integrem à cultura e ao modelo de negócios da empresa, otimizando as funções antes desempenhadas de maneira tradicional.

Mais do que isso, a Transformação Digital é um modelo de negócio usado por organizações para se adequarem ao digital. No processo de implementação, a organização torna-se moldada pelo digital.

O uso de canais ou ferramentas digitais, isolado, não caracteriza transformação digital.

A transformação digital depende, além da gestão correta dos recursos organizacionais, de uma mudança cultural dentro da empresa. Essa gestão deve ser feita de forma que boa parte das habilidades técnicas sejam automatizadas. Isso permite que os funcionários possam focar seu desempenho em suas habilidades interpessoais e utilizar as tecnologias como ferramentas.

Os cinco domínios da Transformação Digital são: Clientes, Competição, Dados, Inovação e Valor.

Adquira redes de clientes com funis de venda reinventados, melhor jornada de compra e análise dos padrões de comportamento dessas redes. Construa plataformas, não apenas produtos, usando novos modelos de negócio, retirando intermediários e aumentando o valor competitivo dessas plataformas. Transforme dados em vantagens competitivas ao analisá-los para extrair valor e tomar decisões. Inove com experimentações rápidas, como protótipos, MVPs e projeções de escalabilidade. Adapte suas propostas de valor com novos conceitos de mercado, novas trajetórias de saída de mercados em queda e etapas para avaliar a evolução do suporte.

Fonte: Brand Leadership

Exemplos de Transformação Digital

O perfil dos consumidores mudou de forma generalizada após a popularização dos smartphones e das mídias sociais; mídias essas que acabaram se tornando os principais veículos de relacionamento entre clientes e muitas marcas.

Hoje, não basta um serviço ou produto de qualidade: os clientes querem que a experiência seja a parte mais valiosa do que estão comprando e a ascensão da prática do UX Design é reflexo disso.

É importante entender que a transformação digital não se resume ao uso de ferramentas digitais. A organização se aproxima do cliente não através de ferramentas, mas sim da quebra de paradigmas, quebra que deve ser feita visando entregar o que o cliente precisa com mais agilidade.

Transformação digital é algo mais amplo do que usar canais digitais. Ela é sobre começar a tomar decisões com análise de dados. O digital é apenas uma ferramenta para impactar o cerne do negócio. Os dados são o insumo para a tomada de decisão.

Um exemplo é a mudança do processo de envase na linha de produção industrial. As máquinas de envase de garrafas de refrigerante podem passar a captar dados. Haverá registros de quantas garrafas de um litro, dois litros e três litros são envasadas por minuto, por hora e por dia. A análise posterior desses dados auxilia na otimização de custos e na mitigação de falhas na produção.

Alguns Setores que se Beneficiam com a Transformação Digital:

Com a difusão do acesso à internet, é difícil pensar em um setor que não se beneficiaria com a transformação digital. A maioria dos serviços e produtos possui ao menos uma parte do seu processo de venda que pode ser otimizada por um ambiente de cultura fortemente digital.

Tendo isso em vista, sempre há os setores que se beneficiam mais do que outros, e são eles:

  • Financeiro e Bancário;
  • Saúde;
  • Telecomunicações;
  • Varejista;
  • Educacional;
  • e Recursos humanos.
Imagem: Prova Fácil na Web

Transformação Digital no Setor Financeiro

Aqui, vamos olhar o setor financeiro separado dos bancos tradicionais. O motivo dessa abordagem é a ascensão das Fintechs, empresas de pagamento, consultorias de investimento e outras organizações que lidam com finanças mas operam como bancos.

A Importância da Análise de Dados

Os bancos lidavam com um volume grande de dados. Esses dados eram subutilizados pois estavam atrelados apenas a transações. A análise de dados começou a ser feita como parte da transformação digital ao perceberem a ascensão do conceito de Business Inteligence.

Essa análise ajudou na tomada de decisões mais eficazes, baseadas nos dados demográficos dos clientes e em seus padrões de comportamento.

Esses padrões são utilizados para mitigar riscos e detectar possíveis fraudes. Ainda, podem ser empregados na personalização da experiência do cliente.

Tanto em bancos quanto em outras instituições financeiras, ou ainda em outros setores, o embasamento em dados para tomar decisões tem sido fundamental. Calcular melhor os riscos na hora de conceder um empréstimo é um exemplo dessas decisões.

Transformação Digital nos Bancos

O setor bancário já tem se digitalizado há algum tempo. Os bancos foram os primeiros a utilizar canais digitais, na década de 90. Nesse quesito, esse setor sempre esteve à frente do mercado.

Já na remodelagem de negócios para adequar-se à cultura organizacional digital, o atraso nesse setor é igual ao observado em outros setores.

A implementação de caixas eletrônicos nas agências e, depois, o desenvolvimento de aplicativos para internet banking tiraram uma boa carga de atendimento dos funcionários ao digitalizar processos mais simples como saques, transferências e depósitos, mas devido a complexidade de serviços como empréstimos e investimentos, e à preocupação com a segurança, a transformação digital nos bancos só começou recentemente.

Com o surgimento das Fintechs, baseadas em contas exclusivamente digitais e atendimento personalizado para cada cliente, como a Nubank, os bancos tradicionais tiveram de investir ainda mais em inovação. Os grandes bancos tradicionais estão tendo que rever seus valores e suas jornadas de compra.

Isso implica não apenas na aceleração do processo de digitalização dos serviços e produtos, mas também na remodelagem de negócios. É daí que surge a verdadeira Transformação Digital.

Experiência do Usuário voltada à Autonomia

É imprescindível pensar na transformação digital com foco na liberdade e individualidade dos clientes. Hoje, eles priorizam o acesso às suas finanças, de qualquer lugar e a qualquer hora.

Essa tendência surgiu pois os usuários, especialmente os jovens de idades entre 18 e 25 anos, estão mais orientados ao digital e buscam a comodidade, rapidez e facilidade proporcionadas pelos aplicativos mobile como seu meio principal de acesso ao internet banking.

Um passo fundamental para bancos que adotam a transformação é a aquisição de clientes mais jovens que já são familiarizados com ambientes virtuais.

Outro fator comportamental notável é que quanto mais jovem o cliente, menor a importância dada por ele a marcas renomadas e hábitos já estabelecidos. Por isso a necessidade de maior investimento em inovação.

O processo de autoatendimento traz autonomia aos clientes e maior liberdade na tomada de decisões, autonomia que ajuda os funcionários das agências tradicionais a focarem em processos mais demorados e complexos, processos que podem ser otimizados por conjuntos de conhecimentos exclusivos de cada colaborador, atribuindo aos bancos tradicionais um papel mais consultivo.

A redução do número de agências físicas implica na economia de uma renda que, idealmente, deve ser canalizada para a transformação digital. Iniciativas que reforcem a cultura digital dentro dos grandes bancos irão salvá-los da obsolescência.

Sistemas Legados

A maior dificuldade da transformação digital nos bancos é a complexidade e magnitude de seus sistemas legados, que estão rodando há muitos anos de forma satisfatória.

A ideia de ter gastos com a reformulação desses sistemas pode parecer pouco atraente para os líderes da organização. Entretanto, é importante frisar que o investimento em tecnologias mais novas e ágeis gera otimização em todas as operações da empresa.

Se isso for feito tendo o usuário como foco (sendo usuários tanto os clientes quanto os colaboradores), a fidelização e satisfação serão ambas otimizadas. O objetivo é melhorar cada vez mais a experiência dos humanos, tanto clientes quanto colaboradores envolvidos nas transações.

Alguns exemplos desse tipo de tecnologia podem ser vistos no funcionamento das Fintechs, que detalharemos a seguir.

As Fintechs

O Banco Central do Brasil instituiu em 2011 a possibilidade de contas exclusivamente digitais. Isso reduziu o custo das agências físicas e facilitou a conquista de clientes mais jovens, que antes não eram o foco do setor bancário.

As fintechs são empresas que usam a tecnologia para tornar os serviços financeiros mais eficientes. Por causa delas é que este artigo divide o setor financeiro em duas partes: bancos e instituições de pagamento.

É comum que as fintechs sejam instituições de pagamento, e não bancos, entretanto, temos no Brasil um exemplo de fintech que se enquadra em ambas atuações: o Inter.

Algumas dessas empresas desafiam os bancos tradicionais são conhecidas como challenger banks (bancos digitais com licenças que os permitem operar com dinheiro físico) ou neobanks (bancos digitais 100% digitais).

No Brasil, a fintech mais conhecida é a Nubank, criada em 2013. Segundo um estudo da consultoria EY (Ernst & Young), empresas como a Nubank e o Inter são utilizadas por 40% dos clientes digitais no Brasil.

O grande diferencial entre os bancos tradicionais e as fintechs é justamente o foco em consumidores mais jovens. Estes eram ignorados pelos bancos até pouco tempo atrás, enquanto as fintechs já nasceram com foco neles.

Essa negligência por parte dos bancos se deve ao risco de crédito e pelas baixas margens desses clientes, já que a maioria deles está se profissionalizando agora. Isso gerou uma imagem negativa dos jovens para os bancos tradicionais, e vice versa.

Exemplos de Serviços Financeiros Digitais

Na China, os serviços AliPay e WeChat representam 92% dos pagamentos do país. No Quênia, existe a conta mobile M-Pesa, que é focada em quem nunca usou bancos tradicionais.

Na Índia, o WhatsApp já implementou seu serviço de pagamentos. A previsão para o lançamento mundial desse serviço é 2020.

Outros exemplos de ferramentas para pagamentos digitais desvinculadas de um banco ou fintech específico são o PicPay, o PayPal e o PagSeguro.

As tecnologias implementadas nesses serviços são diversas. As mais comuns são o atendimento ao cliente feito por chatbots e o pagamento por aproximação (chamado NFC ou contactless) ou por QR Code.

O foco da Transformação Digital acaba sendo não apenas em otimizar processos com auxílio de canais digitais, mas também em otimizar os recursos humanos ao criar uma cultura fortemente digital dentro da organização. – Imagem: Trello

Transformação Digital na Área da Saúde

A análise de dados com Big Data é aplicável a todos os setores que queiram passar pela transformação digital. Ela permite traçar padrões de usuários de um serviço e também seus padrões de comportamento. A rota para isso é avaliar os dados para encontrar características comuns entre pacientes.

Essa análise é fundamental para a otimização de processos, por isso, a transformação digital na área da saúde traz muitos benefícios como:

  • maior agilidade no atendimento médico,
  • maior precisão nas análises e prescrições de medicamentos,
  • maior segurança para o profissional da saúde pois as chances de erros por falta de informações serão menores,
  • diagnóstico precoce de doenças, com base nos padrões de comportamentos e de perfis,
  • monitoramento de um paciente à distância,
  • aumento da precisão de procedimentos.

Essa transformação já começou em alguns dos grandes hospitais do Brasil. O Sírio Libanês, por exemplo, usa robôs para simular procedimentos cirúrgicos e para auxiliar durante esses procedimentos. O Hospital do Coração, utiliza tecnologia de ponta no tratamento Gamma Knife, também conhecido como radiocirurgia estereotáxica, um método não invasivo utilizado para tratar lesões nos órgãos, cabeça e pescoço.

Além disso, os canais digitais podem ser atualizados e utilizados para melhor gestão de todos os processos hospitalares. O acesso remoto e a integração de informações otimizam essa gestão.

Transformação Digital nas Telecomunicações

A transformação digital no setor de telecomunicações assemelha-se à dos bancos em alguns aspectos. Por exemplo, na quantidade de sistemas legados, na rapidez em digitalizar mas lentidão em transformar digitalmente, e na demanda dos clientes em terem uma experiência mais eficiente e sem intermediários.

Como citado anteriormente, a análise de dados persiste na sua importância.

Outra tendência que persiste em todos os setores mas que talvez não tenha ficado clara anteriormente é o Omnichannel. As mídias sociais e a experiência mobile tornaram comum que o usuário espere poder começar um processo em um canal digital e terminar em outro.

Transformação Digital no Varejo

No varejo, a disseminação de e-commerces web e mobile para lojas físicas, bem como contas em mídias sociais de brechós e lojas exclusivamente virtuais, aliados ao marketing digital, facilitaram a compra e venda de produtos antes restringidos aos grandes centros comerciais físicos.

As demandas de mercado hoje não dependem mais apenas de intuição. Coletar dados sobre os clientes e suas preferências é crucial para alimentar as estratégias de marketing e vendas e personalizar a experiência de compra com a oferta de promoções específicas e a sugestão de produtos similares.

Há alguns fatores que contribuem no retorno de clientes e recomendação orgânica para clientes novos. Ter as vontades percebidas pelas marcas é um exemplo. Ter essas mesmas vontades levadas em conta no atendimento e na resolução de problemas apontados pelo consumidor final também.

Uma nova dinâmica de venda observada nos varejos é a compra online com retirada em loja física sem cobrança de frete. Essa retirada em loja física facilita a entrega tanto para o cliente quanto para a loja.

Um desafio na transformação digital é a comunicação interna com os vendedores. A digitalização do processo de compra é positiva não só para quem compra, mas também para os funcionários e para a empresa. Ela possibilita que, através do sistema interno, os vendedores possam fechar pedidos feitos em loja física de produtos que não estão disponíveis no estoque daquela unidade. Isso faz com que ainda recebam comissão e evitem que o cliente prefira procurar pelo produto em lojas concorrentes. Varejos que querem utilizar dessa nova estratégia de venda precisam trabalhar sua cultura interna para que os colaboradores entendam as vantagens e auxiliem no processo de transformação digital.

Transformação Digital na Educação

Nas instituições de ensino, há formas de facilitar a aprendizagem dos alunos com a transformação digital.

Os laboratórios de informática e a disponibilização online de material para estudo são algumas dessas formas. Especialmente para aqueles estudantes que possuem menos recursos disponíveis em suas casas.

Entretanto, é importante que a implementação da educação seja feita corretamente. Disponibilizar livros e lições tradicionais não basta; isso é apenas o uso de canais digitais.

A verdadeira transformação digital se trata de articular os canais digitais dinamicamente e tirar proveito da inteligência de dados fornecida pelos alunos para definir as ações a serem tomadas dentro do plano de ensino.

E consequentemente oferecer flexibilidade aos alunos, o que implica na autonomia e estimula o comportamento autodidata.

Transformação Digital nos Recursos Humanos

No RH, alguns processos automatizados ou digitalizados pela transformação digital são:

  • o uso de inteligência artificial no recrutamento e seleção;
  • contato com candidatos pelas mídias sociais ou por videochamada;
  • automação operacional (ponto e banco de horas, geração de folha de pagamento, férias…);
  • calcular taxas de rotatividade e produtividade de funcionários;
  • flexibilização da jornada e local de trabalho devido a meios remotos de comunicação e gestão;
  • análise e cruzamento de dados comportamentais.

Por que a transformação digital falha em tantas empresas?

Silos organizacionais

Um desafio enfrentado por muitas empresas durante a transformação digital é a falta de foco, ou ainda o excesso dele.

Uma transformação digital eficiente não se resume à TI, à experiência do cliente ou à digitalização de arquivos. Empresas que obtêm sucesso nessa jornada são aquelas que integram todos os seus setores de forma a revolucionar a cultura organizacional.

Essa revolução deve ser feita com o combate aos silos, com a revisão e possível mudança do modelo de negócios, e com a aquisição, retenção e evolução de talentos.

Profissionais ligados a tecnologia têm valorizado cada vez mais suas relações interpessoais com seus líderes e colegas de equipe e a experiência pessoal e profissional que podem adquirir com essas relações.

Isso exige que as empresas se preparem para receber melhor esses novos funcionários. Essa preparação inclui planos de carreira definidos de forma previsível mas flexível o suficiente para que predisposições e vocações individuais sejam valorizadas.

Isso só é possível com a integração de todos os setores, onde todos os colaboradores conhecem e entendem todas as operações organizacionais o suficiente para se sentirem parte do todo. Focar apenas na implementação de processos digitais ou apenas no setor de TI é tão equivocado quanto não ter uma estratégia de TI traçada para o futuro.

Sistemas legados e transição para Sistemas Integrados

Tratar a transformação digital como um evento é equívoco cometido pela maioria das empresas, ela é uma jornada na qual é necessário avaliar continuamente a maturidade digital da empresa e a necessidade de manutenção de sistemas legados,

Como citado anteriormente no tópico sobre transformação digital no setor bancário, em muitos casos, levando-se em conta os custos envolvidos, a melhor rota de ação é refatorar os sistemas legados e atualizá-los, ou até mesmo descartá-los por completo.

Isso deve ser feito para criar uma rede de sistemas integrados na organização. Visando melhor desempenho desses sistemas como ferramentas, consequentemente, haverá melhor desempenho comercial.

Expectativa e Realidade na transformação digital

Outro erro recorrente é a falta de alinhamento de expectativas com as realidades atual e projetada da empresa. É imprescindível que haja transparência durante toda a transformação digital. Isso evitará frustrações dos colaboradores e buracos de orçamento ao longo das etapas de mudança organizacional.

Os componentes de uma plataforma digital de negócios são: Clientes, Ecossistemas, Inteligência, Coisas, e Sistemas de TI.

A Inteligência é o centro de tudo. Os Clientes e as Coisas se relacionam pela Análise de Dados.

Cada componente possui sua própria plataforma: plataforma de Experiência do Cliente (CX), de Ecossistemas, de Internet das Coisas (IoT), e de Sistemas de Informação. Cada plataforma serve a um stakeholder: a plataforma de CX serve aos Clientes, a de Ecossistemas serve aos Parceiros, a de IoT serve às Coisas, e a de Sistemas de Informação serve aos Funcionários.

Fonte: Gartner

Como mudar a cultura da sua organização para que a transformação digital prospere?

Mudar a cultura de uma empresa pode ser uma tarefa difícil. Os líderes responsáveis por pesquisa e implementação de inovações (CIO’s, CTO’s, Gerentes e Coordenadores em geral), precisam mostrar os meios disponíveis e para que fins essas mudanças se fazem necessárias. Entretanto, qualquer alteração na cultura organizacional depende tanto dos gestores quanto dos funcionários, com diálogo constante e possibilidades de crescimento visíveis para todos.

Revisão de processos e do modelo de negócios

Para que haja apoio da equipe nessa caminhada para uma nova cultura, avaliar operações já enraizadas no cotidiano organizacional pode revelar meios inovadores de aumentar eficiência e diminuir gastos.

É importante que todos estejam cientes da importância e urgência da transformação digital. Para isso, ter acesso a cursos que os eduquem a ser mais técnicos e possam entender ao menos o básico de cada operação nessa transformação pode ser benéfico. Essa educação geraria naturalmente uma cultura voltada ao digital e à cooperação entre setores.

Canalizar a otimização de custos para a aquisição desses cursos é uma forma de estimular o surgimento de novos interesses e novos talentos entre os colaboradores.

Investimento em talentos

É importante que a adesão às medidas educacionais tomadas nessa reforma cultural sejam incentivadas pelos líderes de cada setor. A finalidade disso é abrir espaço para que novos perfis de liderança se formem dentro das equipes.

Mapear de forma transparente os custos, riscos e expectativas de resultados da transformação digital dentro do contexto da empresa facilita a caminhada na otimização de custos e aproveitamento de talentos. Assim, há a garantia de que essa nova visão de negócios tenha longevidade.

Uma das tecnologias que podem impulsionar a Transformação Digital é a computação em nuvem. – Imagem: OnlineSites.com

Tecnologias que impulsionam a transformação digital

Tecnologias básicas

Quando se fala em transformação digital, é comum pensar nela como algo intimamente ligado a tecnologias disruptivas, mas isso não é necessariamente verdade.

Antes de pensar em aplicar Blockchain, Inteligência Artificial ou Internet das Coisas à transformação digital de uma organização, é preciso analisar o modelo de negócios e a cultura organizacional com cuidado, começando pelas tecnologias básicas. Pergunte a si mesmo: de que forma posso otimizar o banco de dados e a inteligência de negócios da minha empresa para aumentar o lucro com a venda de produto X ou Y?

Essas alterações de base ocorrerão naturalmente e de forma concomitante à inovação da cultura organizacional. É importante frisar mais uma vez que a transformação digital é um processo contínuo e exponencial, o que implica em algumas relações de causalidade: melhorar a comunicação interna também melhora a integração entre setores e a experiência dos funcionários, o que resulta em melhoria na qualidade dos serviços e a experiência dos clientes.

Algumas das tecnologias que facilitam a transformação digital são: automação, dispositivos móveis, computação em nuvem, análise de dados, Big Data, Business Intelligence (BI), CRM, mídias sociais e Internet das Coisas (IoT) – Fonte: Neosoft Technologies

Tecnologias disruptivas

Dito isso, após analisar as tecnologias mais simples já implementadas na empresa e melhorá-las ao máximo, o próximo passo é pensar em alternativas mais sofisticadas para resolver problemas:

  • Computação em Nuvem para não precisar se preocupar com servidores;
  • Inteligência Artificial para automatizar partes do atendimento ao cliente,
  • Big Data para auxiliar na tomada mais precisa de decisões…

Ainda aliadas a essas tecnologias, temos as Metodologias Ágeis como o Scrum. A implementação dele pode ser muito benéfica ao processo de transformação digital ao melhorar a eficiência e rapidez das entregas. As possibilidades são muitas, e cabe à gerência escolher o que melhor encaixa ao contexto da empresa.

Saiba Mais sobre Transformação Digital:

Cases de sucesso da Transformação Digital

Netflix

Um exemplo clássico de um case que demonstra o sucesso da transformação digital é a Netflix.

No início dos anos 2000, a Netflix estava no ramo de locação de filmes. Ao contrário da concorrente Blockbuster, a Netflix soube como e quando fazer a transição para o digital.

Magazine Luiza

A Magazine Luiza se consolidou como uma rede de lojas físicas de varejo distribuídas pelo Brasil inteiro antes de começar seu processo de transformação digital em 2017.

Os resultados foram expressivos: um crescimento de quase 600% em relação ao segundo trimestre de 2016.

Hoje, 2 anos depois, a Magazine Luiza é um dos maiores marketplaces do país.

GE Healthcare

Como citado anteriormente, o Scrum também pode ser considerado um agente na transformação digital. Na GE Healthcare, os ganhos de produtividade após a implementação do Scrum foram alcançados em um ritmo sustentável.

Devido ao ambiente de trabalho de alta qualidade fornecido pelo Scrum para os desenvolvedores, conseguiram aumentar a retenção de funcionários e a qualidade de contratação atraindo os melhores profissionais do setor.

A IDX Systems (agora GE Healthcare) contratou Jeff Sutherland como vice-presidente sênior de engenharia e desenvolvimento de produtos para estender o Scrum ao desenvolvimento em larga escala.

Essa foi a primeira abordagem na IDX para organizar todo o grupo de desenvolvimento em um conjunto interligado de Scrums.

Foi uma abordagem de base de equipe, incluindo dois vice-presidentes, um arquiteto sênior e vários diretores. O problema em garantir a qualidade do processo em cada equipe foi que toda a organização teve que aprender Scrum de uma só vez.

O IDX Web Framework foi implementado pela primeira vez em 1997. Em 2007, ele foi selecionado como a principal tecnologia web para os sistemas da GE Healthcare.

O IDX alcançou ganhos produtivos médios de 240%. No início, o orçamento da organização de desenvolvimento do IDX era de quase US $ 50 milhões por ano e essas equipes eram cerca de 10% da organização.

Com o Scrum, as equipes alcançaram um aumento médio de produtividade de 666%. O ganho líquido de produtividade de todas as equipes combinadas foi de 240%.

(As informações sobre esse case foram retiradas em tradução livre do site ScrumCaseStudies.com.)

Cathay Pacific Airways

A Cathay Pacific Group, com sede em Hong Kong, oferece transporte de passageiros e de cargas para mais de 200 destinos na Ásia, América do Norte, Austrália, Europa e África, utilizando uma frota de cerca de 200 aeronaves.

Em 2015, a Cathay Pacific tinha um grande projeto em mãos: desenvolver um novo mecanismo de reservas na Internet (Internet Booking Engine – IBE). Eles precisavam de uma estrutura que os ajudasse a entregar dentro de um prazo específico.

Em fevereiro de 2017, a Cathay Pacific adotou o framework Nexus desenvolvido pela Scrum.org e pelo co-criador do Scrum, Ken Schwaber.

Eles começaram a implementar o Scrum como sua principal estrutura para entrega de software. O projeto IBE foi seu primeiro projeto ágil envolvendo várias equipes Scrum trabalhando no mesmo produto.

Como parte do projeto, a Cathay Pacific diminuiu sua equipe de 40 para 29 pessoas. O objetivo dessa diminuição era de simplificar seus processos e poder trabalhar em menos tempo e sem sobrecarga extra.

Dentro de dois meses após a implementação do Nexus para o projeto IBE, os times Scrum aumentaram a frequência de quando eram capazes de liberar incrementos integrados em 200%. De um lançamento a cada três meses, para pelo menos uma vez por mês e até duas a três vezes por mês, com melhoria na qualidade também.

Outro ponto positivo do Nexus Scrum foi o aumento do engajamento do Product Owner. Antes, ele não tinha visibilidade adequada e, portanto, não compreendia totalmente o progresso no desenvolvimento dos entregáveis.

Agora, o Product Owner consegue entender e expressar o que está realizando e entregando em termos de valor.

Outro Exemplo de Transformação Digital na Aviação

Outro case de sucesso da transformação digital no setor de aviação ocorreu em 2012, em uma outra empresa asiática de aviação comercial.

A liderança sênior dessa empresa emitiu uma ordem para aumento de agilidade a fim de tornar a organização mais adaptável e capaz de reagir mais rapidamente a mudanças.

Para conseguir isso, uma equipe de desenvolvedores de TI focada em aplicativos móveis adotou o Scrum. Pouco tempo depois, mais equipes Scrum se formaram para aplicações web e mobile.

Em janeiro de 2015, quatro equipes Scrum se formaram para trabalhar no aplicativo de fidelidade de celular dessa companhia aérea. Cada equipe desse esquema focava em uma parte diferente do aplicativo móvel: front-end, back-end, design e teste da experiência do usuário, incluindo um Product Owner.

As equipes de desenvolvimento puderam extrair o feedback do usuário da seção de pesquisa e incorporá-lo ao aplicativo.

Assim, liberaram novos recursos em apenas duas semanas. Isso gerou retorno de valor aos clientes e aos negócios em geral. Agora, as equipes Scrum produzem um incremento integrado a cada duas ou quatro semanas. Isso é 30% mais rápido do que antes. O objetivo é entregar de forma mais consistente a cada duas semanas.

(As informações sobre esses dois cases foram retiradas em tradução livre dos sites Scrum.org e ScrumCaseStudies.com, respectivamente).

Transformação Digital é sobre otimizar tecnologias e utilizá-las para uma boa gestão de documentos e recursos dentro da empresa. – Imagem: Accenda Digital

FBI Sentinel Project

O Virtual Case File (ou VCF) foi um aplicativo desenvolvido pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) dos Estados Unidos entre 2000 e 2005. O projeto não estava nem perto de ser concluído quando foi oficialmente abandonado em janeiro de 2005. Esse abandono acabou sendo um fiasco para o FBI.

Além de desperdiçar pelo menos US$ 100 milhões, o fracasso manchou a imagem da agência e de seu diretor, Robert S. Mueller III.

US$ 575 milhões de dólares desperdiçados nas duas primeiras tentativas do projeto.

O Scrum Studio foi criado no porão do Hoover Building e a equipe reduziu de 400 pessoas para 40. Ao retomar o projeto, em 1 ano e com US$ 30 milhões, o código do projeto estava completo, com uma redução de custos de mais de 90%.

(As informações sobre esse case foram retiradas em tradução livre do site ScrumCaseStudies.com).

Cateno

Aqui na Zappts nós também temos alguns cases de nossos clientes.

A Cateno é uma joint venture criada pelo Banco do Brasil e pela Cielo para atuar na gestão de meios de pagamento.

Em parceria com a Zappts, a Cateno alcançou resultados de performance, de agilidade e qualidade. Reduzimos para 3 dias um processo que antes demorava de 30 a 40 dias para os usuários finais.

Desenvolvemos uma conta digital em 90 dias para clientes reais utilizarem. Com o uso, validamos hipóteses no processo de escalabilidade da solução para o mercado.

GIGA

Outro case de sucesso aqui na Zappts é a GIGA. Seu aplicativo de segurança, o Giga Monitor, teve ganhos relevantes no estudo e implementação de interfaces com base nas necessidades dos usuários finais.

Além disso, houve 67% de ganho na performance para ativação de câmeras de segurança, o que gerou uma melhora de 121,5% das avaliações na App Store e na Play Store:

Simplificando, os cinco passos para a transformação digital são: elaborar novas experiências e modelos de negócio; desenvolver uma cultura de DNA digital; aplicar novas tecnologias à infraestrutura existente; tomar decisões baseadas em dados e não em intuição; e cocriar e coinovar com novos parceiros. – Fonte: Constellation Research

Quero Implementar a Transformação Digital na minha Empresa, e Agora?

Neste artigo deixamos claro que a transformação digital é realidade e é URGENTE!

Mas iniciar esse processo sem um guia pode ser mais trabalhoso do que o necessário, mas você pode contar com um especialista no assunto, como a Zappts, que tal? Temos squads de desenvolvimento dedicados para cada projeto. O intuito dessa divisão dedicada é entregar soluções com agilidade e eficácia para nossos clientes.

Este artigo está em constante atualização. Por favor, deixe as suas sugestões, dúvidas ou críticas nos comentários!

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